MEDUSAS MOTO CLUBE FEMININO

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012


A Medusa (em gregoΜέδουσαMédousa, "guardiã", 
"protetora"), na mitologia grega, era um monstro 
ctônico do sexo feminino, uma das três Górgonas. Filha 
de Fórcis eCeto (embora o autor antigo Higinointerpole 
 uma geração e cite outro casal ctônico como os pais da 
Medusa), quem quer que olhasse diretamente para ela 
era transformado em pedra. Ao contrário de suas irmãs 
Górgonas, Esteno e Euríale, Medusa era morta foi 
decapitada pelo heroi Perseu, que utilizou 
posteriormente sua cabeça como arma,até dá-la para a
 deusa Atena, que a colocou em seu escudo. Na 
Antiguidade Clássica a imagem da cabeça da Medusa 
aparecia no objeto utilizado para afugentar o mal 
conhecido como Gorgoneion.

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Medusa na mitologia clássica

Medusa, obra de Bernini.
As três irmãs Górgonas - Medusa, 
Esteno e Euríale - eram filhas das 
antigas divindades marinhas
Fórcis (Phorkys) e sua irmã, 
Ceto(Keto), monstros ctônic
os de um mundo arcaico. Sua genealogia é partilhada 
com outro grupo de irmãs, as Greias, como é explicado 
na obra Prometeu Acorrentado, de Ésquilo, que situa 
ambos os trios de irmãs num lugar longínquo, "a terrível 
planície de Cistene":
"Lá perto delas suas três irmãs feiosas, as Górgonas, aladas
Com cobras no lugar de cabelo — odiavam o homem mortal —"
Enquanto os antigos artistas gregos, ao pintar vasos e 
gravar relevos, imaginavam a Medusa e suas irmãs como 
tendo nascido com uma forma monstruosa, os
 escultores e pintores do século V a.C. passaram a 
visualizá-la como sendo bela, ao mesmo tempo que 
aterrorizante. Numa ode escrita em 490 a.C.Píndaro já
 falava da "Medusa de belas bochechas".

Numa versão posterior do mito da Medusa, relatada pelo
 poeta romano Ovídio,a Medusa teria sido originalmente 
uma bela donzela, "a aspiração ciumenta de muitos 
pretendentes", sacerdotisa do templo de Atena. Um dia 
ela teria cedido às investidas do "Senhor dos Mares",
 Poseidon, e deitado-se com ele no próprio templo da 
deusa Atena; a deusa então, enfurecida, transformou o 
belo cabelo da donzela em serpentes, e deixou seu rosto 
tão horrível de se contemplar que a mera visão dele 
transformaria todos que o olhassem em pedra. Na 
versão de Ovídio, Perseu descreve a punição dada por 
Atena à Medusa como "justa" e "merecida".

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Morte

Na maioria das versões do mito, enquanto a Medusa 
esperava um filho de Poseidon, deus dos mares, teria 
sido decapitada pelo heroi Perseu, que havia recebido 
do rei Polidetesde Sérifo a missão de trazer sua cabeça 
como presente. Com o auxílio de Atena, de Hermes, que
 lhe forneceu sandálias aladas, e de Hades, que lhe deu 
espelhado, o heroi cumpriu sua missão, matando a 
Górgona após olhar apenas para seu inofensivo reflexo 
no escudo, evitando assim ser transformado em pedra. 
Quando Perseu separou a cabeça da Medusa de seu 
pescoço, duas criaturas nasceram: o cavalo alado 
Pégaso e o gigante dourado Crisaor.

Para a acadêmica britânica Jane 
Ellen Harrison, a "potência [da 
Medusa] somente se inicia quando 
sua cabeça é cortada, e aquela 
potência se encontra na cabeça; ela
 é, noutras palavras, uma máscara 
com um corpo acrescentado 
posteriormente a ela... a base 
uma máscara ritual mal-
compreendida."
Na Odisseia Homero não menciona 
a Medusa especificamente pelo 
nome:
"A menos que por minha ousadia Perséfone, a terrível,
Do Hades envie uma pavorosa cabeça de um monstro horrível."

Ainda para Harrison, "a Górgona teria nascido do terror, 
e não o terror da Górgona."
De acordo com Ovídio, no Noroeste da África, Perseu 
teria voado pelo titã Atlas, que segurava o céu em seus 
ombros, e o transformado em pedra. Os corais do Mar 
Vermelho teriam sido formados pelo sangue da Medusa,
 derramado sobre algas quando Perseu colocou a 
cabeça num trecho do litoral, durante sua breve estada
 na Etiópia, onde salvou e se casou com a princesa 
Andrômeda. As víboras venenosas que infestam o Saara 
também foram citadas como sendo nascidas de gotas
 derramadas de seu sangue.

Medusa Rondaninimármore (h. 0.29 m)
Perseu voou então para Sérifo, onde
 sua mãe estava prestes a ser 
forçada a se casar com o rei 
Polidetes, que foi transformado em 
pedra ao olhar para a cabeça da 
Medusa. Perseu deu então a cabeça
 da Górgona para Atena, que a 
colocou em seu escudo, o Aegis.

Algumas referências clássicas se
 referem às três Górgonas; Harrison 
considerava que o 
desmembramento da Medusa num trio de irmãs seria um
 aspecto secundário do mito:

"A forma tripla não é primitiva, é apenas um exemplo de uma tendência geral... que faz de cada deusa uma trindade, o que nos deu as Horas, as Cárites, as Semnas, e diversas outras tríades. Parece imediatamente óbvio que as Górgonas não são realmente três, mas sim uma + duas. As duas irmãs que não foram mostras são meros apêndices existentes pelo costume; a Górgona verdadeira é a Medusa."

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Interpretações modernas

Medusa (de Arnold Böcklincirca 1878).

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Psicanálise


Em 1940, a obra Das 
Medusenhaupt (A Cabeça da 
Medusa), de Sigmund Freud, foi 
publicada postumamente. Este 
artigo preparou o terreno para a
 construção de um significativo 
corpo de críticas envolvendo o 
monstro mitológico. A Medusa é 
apresentada como "o supremo 
talismã, que fornece a imagem da 
castração - associada na mente da criança à descoberta 
da sexualidade maternal - e sua negação."Os 
psicanalistas continuam a fazer esta crítica literária 
arquetípica até os dias de hoje; Beth Seelig analisa a
 punição da Medusa a partir do aspecto do crime de ter 
sido "estuprada" no templo da deusa Atena, no lugar de ter consentido voluntariamente, como um 

desenvolvimento dos próprios conflitos não-resolvidos
 da deusa com o seu pai, Zeus.

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Feminismo


No século XX as feministas reexaminaram as aparições 
da Medusa na literatura e na cultura modernas, 
incluindo o seu célebre uso como logotipo feito pela
empresa italiana de moda Versace. O próprio nome 
"Medusa" é frequentemente utilizado de maneiras não
 ligadas diretamente à figura mitológica, mas sim de 
modo a sugerir as habilidades da Górgona ou para
 indicar malevolência; apesar dos mitos que a citam
 como um ícone de beleza, o nome passou a designar,
em seu uso comum, um monstro. De acordo com Mary 
Valentis e Anne Devane, no livro Female Rage: 
Unlocking Its Secrets, Claiming Its Power: "Quando 
perguntamos às mulheres que aspecto a ira feminina 
tinha para elas, era sempre Medusa, o monstro com 
cabelos de cobra do mito, que vinha à mente... Em todas
 as entrevistas ouvíamos que a Medusa é 'a mulher mais 
horrível do mundo'... [embora] nenhuma das mulheres 
entrevistadas conseguisse se lembrar dos detalhes do 
mito."

Mosaico romano mostrando a Medusa, doMuseu Arqueológico de Atenas.
O semblante da Medusa foi 
adotado como um símbolo da ira 
feminina; uma das primeiras 
publicações a expressar esta ideia 
foi uma edição de 1978 da 
publicação Women: A Journal of Liberation, cuja capa mostrava a 
imagem de uma Górgona, que os
 editores explicavam que "pode 
ser um mapa para nos guiar por 
nossos terrores, pelas 
profundezas de nossa ira, até a 
fonte de nosso poder enquanto 
mulheres." Num artigo de 1986 da
 revista Women of Power chamado 
"Ancient Gorgons: A Face for 
Contemporary Women's Rage," 
Emily Erwin Culpepper escreveu 
que "a face da Górgona amazona (sic) é a fúria feminina
personificada. A imagem da Górgona/Medusa foi 
rapidamente adotada por uma grande quantidade de 
feministas, que a reconhecem como a face única de sua
 própria fúria."

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Simbolismo


Aegis é o nome do escudo da deusa Atena, o qual tem a
 Górgona, e que viria originar o nome em português de 
Égide, que significa precisamente “escudo”.

As gravuras da Górgona Medusa que decoravam os 
telhados dos templos gregos tinham como objectivo 
assustar os maus espíritos. As mais famosas dessas 
gravuras encontravam-se nos frontões do Templo de 
Ártemis (a quarta maravilha do Mundo Antigo) na ilha 
deÉfeso.
Algumas das taças de vinho atenienses nos meados do 
século VI a.C. apresentavam o seguinte aspecto: cerca 
da berma, no interior da taça, desenhavam-se cachos de 
uvas, não deixando dúvidas que naquela taça se servia 
apenas vinho; já perto do fundo, estão desenhadas em
 todo o contorno umas figuras negras de rapazes nus a 
servirem vinho aos convidados, enquanto que na base 
da taça, estava estampado o símbolo da Górgona, ou 
seja, quem bebesse por essas taças, no momento em 
que o vinho chegasse a um nível onde que era permitido
 poder-se ver as figuras negras, os servidores 
desnudados, significava que a taça necessitava de ser 
enchida; a cabeça da Górgona depositada no fundo, 
seria uma mensagem humorística que indicava ao 
convidado manter a taça do vinho sempre cheia durante 
a festa, caso contrário, viria a figura da Górgona 
desvendada e seria transformado em pedra.

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